quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

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(Intellectual version) 

Misturar sabores e dar-lhes igual atenção
Receber a dobrar e oferecer em dobro
Aumentar as mãos que afagam e agitam
Sentir-lhes as diferenças
Estar entre dois mundos
E partilharmo-nos sem barreiras
Dividir emoções
Não ter tempo para demoras 
E, ainda assim, olha-las entretidas
Numa pausa para um cigarro
Cumplicidades indesmentíveis
Segredos irreveláveis
Somos uno, somos muito
Somos aquilo que o corpo nos pede
E conhecemo-nos em crescendo
O momento do arrepio
O local indispensável
O limite onde chegamos
O gosto final de sabores distintos
O ritmo das respirações
Os beijos que se conciliam
As vontades que esperam.

(Porno version)

Duas conas que se aliam
Húmidas e exigentes
Que pedem igual tratamento
Usamos os dedos, usamos tudo
Provamos-lhes os sucos
Instalados no seu meio
Não há tempo para descansos
E as mãos invadem-nos o corpo
Apertam-nos o pau, exigindo-lhe acção
Engolem-nos a meias secando-nos as gotas
E mesmo enquanto fumamos
A tesão não nos deixa
Ao vermos que entre elas
A agitação não esmorece.
Chupam-se incessantemente
Não escondendo os gemidos
As línguas, ensinadas, trabalham com afinco
E as mãos, enganadoramente delicadas,
Abrem buracos para que aprontem
Somos uno, somos muito
Fodemo-nos com mestria
E os corpos que já conhecemos
Entrelaçam-se sem ordem definida
Dividimos o pau em estocadas contadas
Não fazemos esperar as pernas que se abrem
Invadimos os buracos preparados
Com a ajuda de uma língua disponível
 Que aguarda a sua vez
Partilhamos o que deixamos
Quando nos vimos ferozmente
Beijamos-nos molhados
Aquecemos-nos em conjunto
Enquanto aguardamos pelo resto.

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